O governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta segunda-feira (25) que a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar das semelhanças em algumas bandeiras, “não é tão grande como muitos alardeiam”.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Zema defendeu a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e afirmou que a direita estará unida em 2026. No entanto, ressaltou que nunca teve Bolsonaro ao seu lado em primeiros turnos.
“Na campanha de 2018 eu caminhei de um lado e Bolsonaro de outro. Em 2022 foi a mesma coisa, exceto no segundo turno, quando eu já eleito o apoiei. Nunca fui do mesmo partido dele. Ele, inclusive, em 2022 ele apoiou outro candidato ao governo de MG. Minha vinculação com Bolsonaro não é tão grande como alguns alardeiam. Nós temos propostas nas quais acreditamos e estamos de comum acordo, queremos um estado mais leve, queremos o combate à corrupção, eu valorizo a família, sou cristão. Essas pautas nos unem. Mas, dizer que eu sempre caminhei com ele, quem sabe da minha vida, analisa que nunca estivemos no mesmo partido ou disputando as eleições no primeiro turno lado a lado”, afirmou Zema.
O governador minimizou as críticas dos filhos do ex-presidente, Carlos e Eduardo Bolsonaro, aos governadores de direita. E afirmou que o lançamento de sua candidatura foi comunicado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Não há divisão. Há cerca de 30 dias fui a Brasília para uma série de compromissos, entre eles encontrar com Bolsonaro. Comuniquei a ele que iria lançar minha candidatura. E ele concordou que quanto mais candidaturas de direita, mais votos vamos receber. A direita estará unida no segundo turno. Isso significa que temos uma lógica pos trás disso. Foram comentários infelizes, no calor do momento. Eu até me solidarizo com a família. Já fui xingado de tudo, mas o que me interessa é o que sou. No calor do momento, devido a essa situação triste, surgem esses tipos de comentários”, avaliou Zema.