Lideranças da base do governo federal se reuniram nesta quarta-feira (6) com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a possibilidade de abrir sessões em um plenário alternativo, como forma de contornar a ocupação da Mesa Diretora por parlamentares da oposição.
A proposta prevê sessões com registro de presença e votações remotas, caso os deputados bolsonaristas se recusem a desocupar o plenário principal da Casa, ocupado desde a manhã de terça-feira (5) em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A iniciativa seria uma resposta política e simbólica à tentativa da oposição de travar os trabalhos legislativos, especialmente projetos de interesse do governo Lula, como a proposta que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Além do plenário principal, a Câmara conta com outros 16 plenários de comissões que poderiam ser usados como alternativas. A decisão final sobre a medida deve sair após nova rodada de conversas entre os líderes dos partidos.
Participaram da reunião com Motta os deputados:
Altineu Côrtes, Laura Carneiro, Talíria Petrone, Renildo Calheiros, Isnaldo Bulhões, Gilberto Abramo, Pedro Campos, Aguinaldo Ribeiro, Lindbergh Farias, Jack Rocha, Delegada Katarina, Damião Feliciano, Luís Tibé, Neto Carletto, Rodrigo Gambale, Paulinho da Força, Áureo, Rodrigo de Castro, Alencar Santana, Túlio Gadêlha, Mário Heringer, Antonio Brito, Beto Pereira, Paulo Azi e Dr. Luizinho.
A oposição também se reuniu com o presidente da Câmara, mas até o momento mantém o bloqueio físico do plenário. O movimento ameaça estender o impasse legislativo e escalar a crise institucional iniciada após a ordem de prisão contra Bolsonaro.