Gilmar nega AGU e mantém exclusividade da PGR em pedidos de impeachment

Ministro negou recurso da AGU e manteve decisão que deixa exclusivamente a cargo da PGR os pedidos de impeachment contra ministros do STF

O ministro Gilmar Mendes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes rejeitou nesta quinta-feira (4) o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que fosse revista sua própria decisão que limita à Procuradoria-Geral da República (PGR) a prerrogativa de apresentar pedidos de impeachment contra ministros do Supremo.

Na quarta-feira (3), o ministro Gilmar considerou que alguns artigos da legislação são incompatíveis com a Constituição Federal. Os dispositivos tratam, entre outros pontos, do quórum necessário para a abertura do processo de impeachment de ministros do STF no Senado e a competência para apresentar denúncias por crimes de responsabilidade.

Nesta quinta, o decano afirmou que o pedido de reconsideração da AGU é “incabível”, pois o ordenamento jurídico brasileiro não contempla este tipo de recurso.

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O ministro Gilmar Mendes reforçou ainda que continuam presentes, em sua avaliação, os requisitos para a concessão da decisão cautelar (provisória).

“A medida cautelar deferida, além de encontrar fiel amparo na Constituição Federal, mostra-se indispensável para fazer cessar um estado de coisas manifestamente incompatível com o texto constitucional. Inexistem, portanto, razões para alteração dos termos da decisão”, afirmou.

O ministro relembrou ainda que a análise das Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (APDFs) 1259 e 1260 será realizada no próximo dia 12 de dezembro, em sessão do Plenário Virtual.

Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.

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