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‘Esse não é o julgamento das Forças Armadas’, diz Dino

Ministro ainda destacou que a soberania nacional depende de Forças Armadas fortes, autônomas e técnicas

Flávio Dino foi aprovado para ser novo ministro do Supremo Tribunal Federal

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (9) que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados por tentativa de golpe não deve ser interpretado como um “julgamento das Forças Armadas”.

“Esse não é o julgamento das Forças Armadas. A soberania nacional exige Forças Armadas fortes, equipadas, técnicas e autônomas”, afirmou Dino durante seu voto no processo que apura uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

A fala do ministro acontece em meio ao julgamento em que a maioria dos réus são militares ou ex-militares.

Dos 32 denunciados pela Procuradoria-Geral da República, 22 têm ligação com as Forças Armadas, incluindo o próprio Bolsonaro, capitão reformado do Exército.

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No início de sua manifestação, Dino ressaltou que o julgamento segue as mesmas normas legais de qualquer outro processo.

“Este é um julgamento como outro qualquer. Tecnicamente, ele se processa segundo as regras vigentes no país”, disse o ministro.

Dino é o segundo ministro a votar. O primeiro foi o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, pediu a condenação dos oito réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e ameaça grave, além de deterioração de patrimônio tombado.

No caso de Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin, Moraes pediu condenação apenas pelos três primeiros crimes.

A limitação ocorre porque a Câmara dos Deputados aprovou a suspensão penal de Ramagem, válida somente para acusações referentes ao período anterior ao mandato parlamentar.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.