Em Itabira, Região Central do estado,
Em pouco menos de dez minutos de discurso, Lula deu destaque para medidas de seu governo que tem como alvo a assistência das classes sociais mais baixas. Ele associou a distribuição de equipamentos de aceleração linear para tratamento oncológico em Itabira, São Luís-MA, Goiânia- GO e Marília-SP como o oferecimento da oportunidade que brasileiros pobres tenham acesso ao tratamento fornecido a autoridades.
“Deus queira que não, mas se algum de vocês (se dirigindo a plateia) tiver necessidade de fazer uma radioterapia, vão utilizar a mesma máquina que o presidente Trump, dos Estados Unidos, usaria se precisar fazer uma radioterapia. Se o papa precisar fazer radioterapia, ele vai utilizar essa mesma máquina que vocês vão utilizar”, disse Lula a uma plateia com centenas de apoiadores.
Na mesma toada, o petista elencou medidas recentes de sua gestão que têm foco nas classes C, D e E. Ele citou especificamente a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil e os programas “Gás do Povo” e “Luz do Povo”.
Em um segundo momento, Lula criticou lideranças batizadas por ele próprio como “políticos Xuxa”, que só aparecem em eleições e depois dão um “beijinho, beijinho. Tchau, tchau” em referência à apresentadora de TV. Citando também Jesus Cristo, o petista disse que a atenção aos mais pobres é historicamente repreendida.
“Eu não conheço ninguém que quer ser pobre. E todos aqueles que ousaram defender os pobres foram perseguidos. Para começar por Jesus Cristo. Todo mundo sabe isso. E o que hoje digo aqui é que este país não vai tratar as pessoas mais humildes, os trabalhadores, as professoras, os comerciantes, os frentistas do posto de gasolina, os metalúrgicos como aqui em Itabira e no Brasil inteiro, os advogados, a classe média brasileira não pode ser tratada como se fosse cidadão do cidadão de terceira classe”, declarou.
Ainda no tema da saúde, Lula fez uma alusão à gestão sanitária do país durante a pandemia. Sem citar Jair Bolsonaro, presidente à época da COVID, o petista disse que não deixaria o país alcançar a mesma marca de mortes. Mais de 700 mil pessoas faleceram em decorrência do novo coronavírus no período pandêmico entre 2020 e 2022.
“Se eu fosse presidente da República naquela época e o Alexandre Padilha (PT-SP) fosse ministro da Saúde, eu duvido que a gente não tivesse salvo 70% ou 80% das pessoas que morreram por falta de vergonha e responsabilidade de um presidente que ficava na televisão imitando as pessoas que estavam com covid e zombando da saúde das pessoas que morreram”, afirmou.
Lula encerrou seu discurso por volta das 13h15 e partiu para a segunda etapa de sua visita a Minas nesta quinta. O presidente tem agenda em Belo Horizonte, onde participa da “Caravana Federativa”, iniciativa de aproximação entre a União, estados e municípios.