Movimentos sociais, coletivos populares e organizações de todas as regiões do país e do mundo esperam reunir milhares de pessoas neste sábado (15), em Belém, no Pará, para a Marcha Mundial pelo Clima. A mobilização ocorre em paralelo às atividades da 30ª
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) e integra a programação da Cúpula dos Povos e da COP das Baixadas.
A expectativa da organização da
Cúpula dos Povos é que o ato reúna participantes de todos os continentes, com forte representação de comunidades tradicionais e movimentos sociais paraenses. Ao final da marcha, será lançada uma carta que sintetiza uma série de reivindicações, como a demarcação de territórios tradicionais, financiamento para uma transição justa rumo a uma economia de baixo carbono e ações efetivas de adaptação climática e redução das emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global.
Ato terá cortejo, oficinas e manifestações culturais
A
marcha deste sábado reunirá lideranças indígenas e amazônicas, representantes de governos e do setor privado, além de organizações nacionais e estrangeiras. Durante o trajeto, haverá atividades culturais como oficinas de estandartes, criação de cartazes, a presença de bonecos infláveis gigantes com personagens da COP30 e o Cortejo Visagento (desfile que celebra a cultura paraense e figuras folclóricas como o Curupira, guardião das florestas).
O tema deste ano, “Lutar e Resistir contra os Predadores da Vida Disfarçados de Progresso”, destaca os impactos de desastres climáticos e os riscos de modelos econômicos que aprofundam a degradação ambiental. A concentração ocorrerá no Mercado São Brás, e a chegada está prevista para a Aldeia Amazônica.
Cúpula dos Povos segue até domingo
Realizada no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), à beira do Rio Guamá, a Cúpula dos Povos começou oficialmente na quarta-feira (12) com uma barqueata que reuniu centenas de embarcações e um grito coletivo por justiça climática e ambiental. O encontro termina neste domingo (16), quando será apresentado um balanço geral das discussões.
O presidente da COP30,
André Corrêa do Lago, é aguardado na programação de encerramento para receber formalmente as demandas das entidades. São reivindicações que devem embasar as pressões da sociedade civil durante a segunda semana da conferência.