Às vésperas do início da
Em entrevista à AFP, a ministra expressou seu desejo em ver os povos originários desempenhando papeis de destaque no evento, visto que ele será realizado na Amazônia.
Vale lembrar que Sônia é a primeira a ocupar o cargo criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também a primeira indígena a se tornar ministra no Brasil.
Questionada se o local escolhido para a realização do evento pode mudar a percepção pública sobre os povos indígenas, Sônia Guajajara apontou que ainda existem barreiras que tiram o protagonismo dos povos originários.
“Há uma ignorância muito grande, há um racismo muito grande, muito grande na sociedade em geral sobre os povos indígenas. Falta conhecimento sobre a realidade que os povos indígenas vivem,” declarou a ministra.
“A COP pode contribuir significativamente para a maior compreensão, para o interesse da sociedade em geral sobre povos indígenas. E principalmente sobre o papel que os povos indígenas e os territórios indígenas exercem para o equilíbrio do clima”, completou.
Guajajara enfatizou que a presença indígena é comprovadamente essencial para o futuro da humanidade, ligando diretamente a conservação dos territórios à segurança global. “A presença indígena, seja em território demarcado ou não, é garantia de água limpa, de biodiversidade protegida, de alimentação sem veneno, de floresta em pé", pontuou.
Sobre a COP 30
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O Brasil recebe autoridades de todo o mundo para a COP 30. A expectativa é que presidentes e representantes de mais de 70 países desembarquem na Floresta Amazônica para o evento.