O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), afirmou nesta quarta-feira (8) que não deixará o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo diante da decisão de seu partido, o União Brasil, que abriu processo para expulsá-lo por desrespeitar a determinação de deixar cargos no governo.
Em entrevista antes da reunião da Diretoria-Executiva do União Brasil, Sabino ressaltou que sua permanência tem como objetivo garantir a realização da COP30, conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática que será realizada em Belém (PA) em novembro, além de manter o avanço do turismo e serviços no país. “Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todo o país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará, pela realização da COP30, eu vou permanecer no governo”, afirmou.
O ministro destacou ainda que sua decisão não é apenas uma defesa da conferência, mas também do projeto do governo federal. “Fico no ministério, fico ao lado do presidente Lula também por entender que é o melhor projeto para o Brasil”, disse, caracterizando o episódio como o seu “Dia do Fico”, referência ao gesto histórico de Dom Pedro I.
Ainda há esperança
O ministro afirmou que ainda tentará diálogo com a cúpula do União Brasil, que integra uma federação com o PP. “Acredito que o partido tomou decisões equivocadas, açodadas, mas há tempo ainda de buscarmos o diálogo”, disse.
O partido, que faz federação com o PP, decidiu que seus integrantes não poderiam mais fazer parte do governo Lula.