As discussões em torno do Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag) vão estar na pauta política da semana, na Assembleia. O presidente, Tadeu Martins Leite, embarca agora pela manhã a Brasília e já tem agendas na Casa Civil,, para resolver pendências na adesão de Minas ao Propag.
Este é tema administrativo de maior interesse do estado neste momento. Em dezembro de 2018, a dívida de Minas com a União era de cerca R$ 105 bilhões. Hoje é de R$ 168,2 bilhões, crescimento nos dois mandatos do governo Zema de 59%. Isso ocorreu porque o estado com o respaldo de liminar do STF ficou sem pagar as parcelas da dívida ao longo de cinco anos. Em 2024 Minas aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), uma opção que representa, ao longo dos próximos 30 anos, o pagamento de R$ 200 bilhões a mais do que o estado pagará, se aderir ao Propag. Por isso, a Assembleia abre o semestre definindo o Propag como o assunto prioritário.
Tadeu Martins Leite quer evitar que a antecipação das pré-candidaturas de Romeu Zema à presidência da República e a de Mateus Simões, para o governo de Minas aprofundem as tensões entre o governo de Minas e o governo federal, neste momento, em que o estado se prepara para aderir ao Propag.
O tom adotado por Zema no lançamento de sua candidatura neste sábado, em São Paulo, como esperado, elegeu o petismo como o “inimigo” a ser “varrido do país”. Neste domingo, os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro criticaram os governadores presidenciáveis, entre eles, Zema. Pelo X, Carlos Bolsonaro chegou a afirmar: “Querem apenas herdar o espólio de Bolsonaro, se encostando nele de forma vergonhosa e patética”. Como se vê, nas redes sociais a campanha pega fogo não apenas entre Zema e Lula, mas também, na direita bolsonarista.