Em alegações finais apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (13), a defesa do general Walter Braga Netto pediu para que ele seja absolvido na ação penal que apura suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro do ano passado, por obstrução de Justiça, no Rio de Janeiro.
A defesa de Braga Netto alega que ele não participou do suposto plano “Punhal Verde Amarelo” nem entregou
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que um encontro na casa de Braga Netto e uma suposta entrega de dinheiro estariam ligados ao “Punhal Verde Amarelo”, um plano de golpe. A defesa, porém, nega qualquer relação do general com o documento e questiona seu caráter de “plano”:
“O tal documento sequer pode ser chamado de plano, pois não define nenhuma espécie de objetivo concreto. Cita diversos alvos (‘Jeca, Joca, Juca...’) e não define ação específica (tiro, envenenamento, uso de química, artefato explosivo...)”, escreveram os advogados.
Sobre Braga Netto ter entregado dinheiro a Mauro Cid, os advogados escreveram: “O general Braga Netto nunca entregou dinheiro para ninguém e condená-lo com base apenas na palavra confusa de um delator é atentar contra o princípio fundamental da presunção de inocência”.
Prazo final
Acaba nesta quarta-feira o prazo para a apresentação das alegações finais por parte das defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros seis réus apontados como integrantes do “núcleo crucial” do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O documento deve ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) até às 23h59. As alegações finais representam a última oportunidade para que as defesas dos réus reforcem seus argumentos aos ministros do STF antes do julgamento. Essa fase representa a parte final do andamento do processo.