A Polícia Federal (PF) realiza, nesta sexta-feira (30), uma nova etapa da operação Sisamnes. Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em Palmas (TO). As ações miram três pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema nacional de venda de sentenças judiciais e vazamento de informações sigilosas. Essa é a mesma operação que, nesta semana,
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Os mandados foram autorizados pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e têm como foco aprofundar as investigações sobre o acesso antecipado de investigados a informações de operações policiais, o que teria comprometido a eficácia de medidas judiciais planejadas.
Segundo a PF, os alvos desta fase também são investigados por supostos “privilégios ilegais concedidos a um dos investigados atualmente preso” no curso da mesma apuração. Um dos alvos seria um advogado de Brasília suspeito de repassar informações sigilosas a investigados.
Esta é a nona fase da operação Sisamnes, que já apura a venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A identidade do novo investigado relacionado aos benefícios ilegais ainda não foi revelada.
Em março, outra etapa da operação no Tocantins levou à prisão de Thiago Marcos Barbosa, advogado e sobrinho do governador Wanderlei Barbosa. Na mesma fase, o procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva foi alvo de mandados de busca e acabou exonerado do Ministério Público do Tocantins.
Na quarta-feira (28), a PF prendeu cinco suspeitos de integrarem um grupo de extermínio e espionagem, também no âmbito da operação Sisamnes. Com os suspeitos, foram encontradas tabelas com preços para o monitoramento ilegal de autoridades, como deputados, senadores, ministros e magistrados. As investigações continuam para apurar se os serviços chegaram a ser efetivamente contratados.