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‘Débora do batom': defesa recorre de condenação e pede redução de pena ao STF

Mulher que pichou estátua ‘A Justiça’ durante os atos de 8 de janeiro foi condenada a 14 anos de prisão

A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos

A defesa de Débora Rodrigues dos Santos, mulher conhecida por ter pichado a frase “perdeu, mané” na estátua que fica em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), recorreu nesta quarta-feira (14) da decisão da Corte de condená-la por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Segundo os advogados, os ministros não consideraram a confissão da cabeleireira como um atenuante para a redução da pena, possibilidade que consta no Código Penal.

A defesa também sustenta que, por ter ficado presa preventivamente por 2 anos e 11 dias, Débora teria direito à remição de 281 dias em razão do período em que ela trabalhou no presídio, além de ter feito cursos de requalificação profissional, lido livros na cadeia e por sua aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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Por fim, os advogados pedem ainda que a mulher siga em prisão domiciliar por ser mãe de dois filhos menores de idade e tenha seus bens restituídos.

Em abril, a Primeira Turma do STF condenou Débora a 14 anos de prisão e pagamento de multa pelos crimes de associação criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio público.

O caso tem sido usado pela oposição como um símbolo do que classificam como “exagero” da Corte nas condenações pelos atos de 8 de janeiro.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.