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‘Mais um episódio vergonhoso’, diz Erika Hilton sobre ato pró-Anistia

Os parlamentares da base do governo que integraram a CPMI dos Atos Antidemocráticos de 8 de Janeiro receberam nesta quarta-feira (7) um documento, que pede o arquivamento do chamado PL da Anistia

Parlamentares da base do governo que integraram a CPMI dos Atos Antidemocráticos de 8 de Janeiro receberam nesta quarta-feira (7) um documento, de movimentos sociais, que pede o arquivamento do chamado PL da Anistia

Parlamentares de partidos da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiram à manifestação realizada nesta quarta-feira (7), com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defende a anistia para os condenados por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023.

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que integrou a CPMI dos Atos Antidemocráticos de 8 de janeiro, realizada em 2023 pelo Congresso Nacional, afirmou nesta quarta-feira (7) que o projeto que visa anistiar os condenados por participação nos atos de 8 de janeiro não está na pauta do parlamento.

“O próprio presidente da Casa já disse que essa não é uma prioridade. Nós entendemos que não é uma prioridade nem da Câmara dos Deputados, nem do governo e nem do Brasil. O Brasil quer enfrentar as desigualdades, isentar os impostos, diminuir a jornada de trabalho. Agora, eles fazem mais um espantalho, uma cena para criar mais um tipo de constrangimento”, disparou a parlamentar.

Os parlamentares da base do governo receberam nesta quarta-feira (7) um documento, do movimento Pacto pela Democracia, que pede o arquivamento do chamado “PL da Anistia”.

O ato ocorreu em frente ao busto do deputado Rubens Paiva, na Câmara dos Deputados.

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Erika Hilton afirmou que o ato pró-anistia, em Brasília, tem o objetivo de beneficiar Bolsonaro e aliados dele que integram a cúpula das Forças Armadas, e que são réus no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eles estão usando as pessoas como massa de manobra, mais uma vez, para tentar anistiar o Bolsonaro e seu cúmplices, os coronéis e os generais, porque se o Bolsonaro já tivesse sido anistiado e alguns de seus aliados tivessem sido anistiados, a moça do batom ou quem quer lá que seja teria sido esquecida no fundo de uma cela sem ninguém se preocupar. Mais uma episódio vergonhoso protagonizado pela extrema direita em Brasília”, declarou ela

O deputado Rogério Correia (PT-MG) afirmou que o chamado “PL da Anistia”, protocolado pela oposição, não será analisado pelo Congresso Nacional.

“O ex-presidente Jair Bolsonaro vendo, agora, que será preso porque as provas são abundantes, ele faz um movimento, que ele, ao mesmo tempo, espera que sejam atos violentos daqui para frente, que o libertem de ter que prestar contas junto à Justiça no Supremo Tribunal Federal, e nós não queremos isso. O tema da anistia já morreu e eles sabem disso”, disse o parlamentar.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que o projeto da anistia não tem viabilidade para ser votado pelo Congresso Nacional.

“Arquivar esse projeto é uma tendência, até porque não vejo clima dentro da Casa para votar o projeto da anistia. A oposição vai esperneando porque eles querem resgatar o único candidato deles, que eles acham que tem viabilidade, mas que está inelegível”, destacou ela.

Bolsonaro é réu no STF no inquérito sobre os atos de 8 de janeiro de 2023.

O ex-presidente responde por Golpe de Estado, tentativa violenta de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, organização criminosa e deterioração de patrimônio tombado.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.