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Líder do PT critica pressão por anistia e diz que projeto não será votado

Parlamentares da oposição têm pressionado o presidente da Câmara, Hugo Motta, a pautar a proposta

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse nesta terça-feira (1º) que a Casa não deve votar nesta semana o requerimento de urgência para o projeto de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

“Eu conversei com os líderes dos maiores partidos da Casa. Ninguém está querendo ir para essa pauta. As pessoas sabem, e aqui as lideranças dos partidos do Centrão, sabem que essa pauta paralisa o país e arrasta o Poder Legislativo para uma crise institucional”, declarou o petista.

Parlamentares da oposição ao governo Lula (PT) têm pressionado o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar a proposta que perdoa os crimes imputados aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

Nesta terça, após uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição anunciou que vai obstruir os trabalhos na Câmara até que a urgência seja votada. Se o regime for aprovado, o projeto pode ser votado diretamente no plenário, sem ter que passar pela análise das comissões.

Lindbergh minimizou a ação e disse que se o PL decidir trancar a pauta, “vai ter que arcar com as consequências disso”. Na avaliação do líder do PT, a obstrução é inviável diante da votação de projetos importantes, como a reforma do Imposto de Renda e o projeto da reciprocidade econômica.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.