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Protesto no Rio: pastor pede a volta da esposa, condenada pelo 8 de janeiro

Casal estava em Brasília nos atos antidemocráticos; mulher foi presa, condenada a 17 anos de prisão e teve que fugir para o país vizinho

Pastor João Tavares pede anistia para a esposa, condenada pelo 8 de janeiro e asilada na Argentina

Um protesto realizado neste domingo (15) na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reúne manifestantes em defesa da anistia para os presos do 8 de Janeiro. Entre os participantes está o pastor João Tavares, que luta pela liberdade da esposa, condenada a 17 anos de prisão por sua participação nos atos em Brasília. Atualmente, ela está na Argentina para evitar ser presa.

“A nossa história é igual à história de centenas de patriotas que foram à Brasília se manifestar pacificamente, mas as coisas não foram como nós pensávamos que seria. Sofremos uma cilada e nisso a minha esposa foi detida. Ela passou um tempo presa, foi solta, ficou um ano e três meses com tornozeleira eletrônica e em maio chegou a sentença: 17 anos. Então ela atualmente está na Argentina”, relatou.

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A manifestação conta com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e lideranças da direita, e tem como um dos objetivos pressionar o Congresso a aprovar o projeto de anistia. Perguntado sobre a possibilidade de sua esposa voltar ao Brasil, João afirmou que o medo da prisão impede seu retorno.

O pastor demonstrou otimismo com o avanço do projeto no Congresso Nacional. “Os parlamentares estão bem envolvidos na causa e há toda a possibilidade de a anistia passar”. João, que também trabalha como técnico de telecomunicações, contou que ele e a esposa, costureira, são pastores por 22 anos, mas perderam essa posição após os janeiro de 2023. “Somos casados há 30 anos. Temos dois filhos e três netos”.

A expectativa dele e de outros manifestantes é que o Congresso analise e aprove a anistia, permitindo o retorno daqueles que deixaram o país para evitar a prisão. “Eu preciso disso. Não só a minha esposa, mas centenas de patriotas que estão asilados na Argentina e outros países. É uma injustiça, algo desproporcional”.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.