O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) se esquivou de comentar sobre uma eventual candidatura à presidência da república nas eleições de 2026. Em entrevista à CNN, ele disse que quer ‘contribuir’ no pleito e que entrou na política pela ‘indignação’ com os governos do PT.
Segundo o governador do estado, uma de suas motivações para concorrer ao Palácio Tiradentes em 2018 foi o que ele chamou de ‘barbaridades’ cometidas pelo Partido dos Trabalhadores.
“Uma delas foi comigo. Fiquei três anos com o negócio fechado aguardando uma assinatura e um carimbo da secretaria do Meio Ambiente. Fui o candidato da indignação. Ninguém achava que eu ia ganhar. Ganhei. Ninguém achava que eu ia dar conta de corrigir Minas Gerais. Dei conta”.
Zema era questionado sobre como será sua atuação nas eleições do ano que vem, quando serão eleitos presidente e governadores. Impedido de concorrer novamente à reeleição - já que está em seu segundo mandato - ele afirmou que quer seguir apresentando um modelo diferente de se fazer política, desta vez em nível nacional.
“O que quero é contribuir, mostrar que tem um jeito diferente de fazer política, diferente dessa mesmice que tá no Brasil há décadas, que só pensa em voto, politicagem, distribuir cargos, privilégios e criar mais mordomias. Estou mostrando que é possível fazer diferente. Estou mostrando em Minas e quero mostrar que outros estados e o Brasil podem fazer diferente”, disse, sem confirmar se será candidato à presidência.
Bolsonaro atrapalha?
Perguntado se a situação política do ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível por 8 anos e
“Se for para contribuir com o Brasil fazer mudanças que melhorem a vida do brasileiro, que tire essa politicagem horrenda que a gente vê todo dia, vou continuar participando”, disse, citando rapidamente o ex-presidente.
“Com toda certeza a indefinição atrapalha o processo. Mas eu quero contribuir com um Brasil melhor, independente do resultado que tivermos”.
Elogios a Pacheco
Um dos possíveis adversários do candidato de Zema nas eleições para o governo de Minas é o senador Rodrigo Pacheco (PSD), cotado para ser o nome apoiado pelo presidente Lula. O governador elogiou o nome, lembrando que Pacheco foi o articulador do Propag, o Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados com a União, mas disse que ouviu do senador um desejo de deixar a política.
“O senador Pacheco tem feito um bom trabalho como senador e reconheço a iniciativa do Propag. O futuro político dele pertence a ele. Já me confidenciou que pretende voltar para a advocacia, mas é um nome que pode concorrer. Todos podem pleitear uma vaga, é possível e vai depender muito da pessoa dele. Tem realmente feito um bom trabalho no Senado”.