O presidente Lula (PT) respondeu às provocações do governador Romeu Zema (Novo), questionando se o mineiro se lembrava de bons resultados econômicos do país antes de seu governo. Os dois participaram, nesta terça-feira (11), de uma visita ao Polo Automotivo da Stellantis em Betim, na Grande BH. O petista, dirigindo-se diretamente a Zema em diversos momentos, ressaltou os avanços recentes do país.
“Eu tenho muita sorte”, começou Lula. “Precisou eu voltar à Presidência para a economia voltar a crescer acima de 3%. Ela não crescia há quanto tempo? O Zema não lembra de quando a economia crescia acima de 3%", afirmou, olhando para o governador.
“Nem você nem nenhum economista se lembra há quanto tempo esta economia não crescia 3%. Precisou entrar aqui um cara de sorte para que a economia voltasse a crescer. Um cara de sorte e uma equipe de sorte para fazer a economia crescer por dois anos seguidos. Precisou um cara de sorte para que a indústria automobilística voltasse a funcionar”, afirmou.
O presidente também enfatizou a recuperação da indústria automobilística brasileira. Segundo o presidente, em 2010, o setor emplacava 3,6 milhões de carros por ano, número que caiu para 1,6 milhão antes de seu retorno ao governo.
“Agora, graças a Deus, com este homem de sorte, já está emplacando 2,6 milhões. Se continuar assim, vai emplacar os 3,6 milhões que emplacava antes”, completou Lula, que chegou a ser aplaudido por Zema.
Alfinetada de Zema
Mais cedo, em seu discurso, o governador de Minas alfinetou o PT e o ex-governador Fernando Pimentel, dizendo que ‘pegou um estado quebrado’ em 2019, quando assumiu o Palácio Tiradentes.
“Em 2019, logo que assumi o estado quebrado, desacreditado, que não fazia repasses do ICMS, IPVA, educação e saúde para os diversos prefeitos que estão aqui presentes, não pagava folha nem 13º, os executivos a Fiat me procuraram e queriam saber se poderiam ou não acreditar no futuro de Minas, porque o estado estava desmoronando no começo de 2019”, disse.
Durante seu discurso, Zema também cobrou uma solução para a dívida do estado com a União. “Estamos confiantes de que, finalmente, vamos ter uma solução do problema na origem, e não empurrando para frente como sempre aconteceu”.