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Investigação sobre a morte de JK pode ser reaberta após quase 50 anos; entenda

Acidente que matou o ex-presidente é é alvo de dúvidas até hoje, com a suspeita de que ele tenha sido assassinado pela ditadura militar

O ex-presidente Juscelino Kubitschek

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) pode retomar a análise da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1976. O acidente que causou a morte do fundador de Brasília é alvo de dúvidas até hoje, com a suspeita de que ele tenha sido assassinado pela ditadura militar.

O pedido para que o caso seja reanalisado foi feito por Nilmário Miranda, assessor especial do Ministério dos Direitos Humanos. Em uma audiência pública da CEMDP no Recife (PE), nessa quinta-feira (13), ele defendeu que a investigação precisa ser feita “em nome da verdade histórica”.

JK morreu em 22 de agosto de 1976 após o Opala em que estava colidir com uma carreta na rodovia Presidente Dutra, em Resende (RJ).

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O laudo oficial indica que o motorista do ex-presidente, Geraldo Ribeiro, perdeu o controle do carro depois de, supostamente, ter sido atingido por um ônibus da viação Cometa. O veículo então atravessou o canteiro central da rodovia e invadiu a outra pista, até bater no caminhão.

As investigações da época concluíram que a colisão foi acidental, versão confirmada pela Comissão Nacional da Verdade, em 2014. Mas, três anos depois, a Comissão da Verdade em Minas Gerais chegou ao entendimento de que JK pode ter sido, de fato, assassinado pela ditadura militar.

“Considerando o contexto da época, as distintas contradições das avaliações periciais, os depoimentos e pareceres jurídicos pode-se afirmar que é plausível, provável e possível que as mortes tenham ocorrido devido a atentado político”, diz o relatório final do colegiado.


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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.