O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (11) que o aumento da taxa de juros foi uma surpresa “por um lado”, mas o mercado já havia precificado a decisão.
“Foi (surpresa) por um lado, mas por outro tinha uma precificação nesse sentido. Vou olhar com calma, vou analisar o comunicado, vou falar com algumas pessoas depois do período de silêncio (dos diretores do Banco Central)”, declarou o ministro a jornalistas.
Nesta quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. Em comunicado, o Banco Central sinalizou ainda para possíveis novos aumentos, também de 1 ponto percentual, nas próximas duas reuniões do colegiado.
Haddad também afirmou que as medidas anunciadas no pacote de corte de gastos não devem ter influenciado a decisão do Banco Central. “Nós estamos perseguindo as metas estabelecidas já há um ano”, pontuou.
O ministro demonstrou otimismo com o andamento das negociações para aprovar o pacote fiscal e disse que a equipe técnica do Ministério da Fazenda está fazendo reuniões com os relatores das propostas para ajustar a redação dos textos.
Questionado se considerava que as medidas podem ser aprovadas pelo Congresso em uma semana, Haddad declarou que o tempo é “suficiente”.