Reeleito com o apoio do governador Romeu Zema (Novo),
"É legítimo e natural que o governo encaminhe esses projetos. Também é normal que o tempo de tramitação e construção na ALMG siga seu rito. Esse é um tema que tem que ser discutido com muita cautela e tranquilidade. Estamos falando de empresas da população de Minas Gerais, mas entendo que o estado precisa se modernizar. Sem prejudicar a população e os servidores”, avaliou Tadeuzinho.
Tadeu Leite defendeu que a população seja ouvida no processo de privatizações estatais que será prioridade na gestão Zema em 2025.
“Desde o início, quando assumi a presidência, disse que todos os projetos devem e serão discutidos. Esses projetos serão discutidos internamente e depois terão sequência”, afirmou o presidente. “A questão da PEC que retira o referendo, eu particularmente, entendo que a opinião da população é muito importante. Não sei se por meio de referendo ou outro modelo. Isso será discutido na tramitação da PEC”, concluiu.
Reservadamente, vários representantes do alto escalão do governo Zema já disseram à Itatiaia que o referendo, consulta à população, é um mecanismo que serve apenas para burocratizar e atrasar o processo de privatização de estatais.
‘Burocracia desnecessária’
O entendimento do governo é de os parlamentares estaduais, eleitos pelos mineiros, têm autonomia para decidir sobre o tema.
O vice-governador, Mateus Simões (Novo), já classificou o referendo como burocracia desnecessária. “Referendo é burocracia que não existe na venda de nenhuma estatal no Brasil’, disse Simões ao entregar as propostas de privatização da Cemig e da Copasa na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no mês passado.
A oposição ao governo Zema na Assembleia Legislativa se apega ao referendo e diz que o governo tem medo de perder na votação popular. O entendimento predominante na oposição é de que a maioria dos mineiros é contra as privatizações.
Ao apresentar os projetos de privatização na ALMG, o vice-governador disse que é contra o mecanismo, mas ressaltou que o governo está disposto a fazer o referendo, se for necessário.