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Brasil e China assinam 37 acordos e anunciam força-tarefa para avaliar investimentos

Acordos incluem cooperação tecnológica, industrial e agropecuária, além de intercâmbio cultural entre os países; grupo vai avaliar projetos prioritários de infraestrutura

Acordos entre Brasil e China foram firmados em visita oficial do Xi Jinping a Lula no Palácio da Alvorada

A visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil, rendeu a assinatura de 37 acordos e parcerias entre os países. Além disso, o governo brasileiro anunciou a criação de duas forças-tarefa para discutir e definir investimentos e troca de informações sobre desenvolvimento produtivo e sustentável. Desde 2009, a China se consolidou como o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio entre os dois países chegando a movimentar 157 bilhões de dólares no último ano.

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Os acordos estabelecidos giram em torno de parcerias e troca de tecnologias entre os dois países em diferentes áreas:

  • Sustentabilidade e Cooperação Estratégica: Declaração conjunta e planos para promover um futuro compartilhado, sinergias entre projetos estratégicos e transformação ecológica.
  • Agronegócio e Comércio: Protocolos para exportação de produtos agrícolas como uvas, gergelim e sorgo, além de cooperação técnica e comercial no setor agrícola.
  • Tecnologia e Ciência: Parcerias em inteligência artificial, energia nuclear, indústria fotovoltaica e bioeconomia, incluindo um laboratório conjunto para agricultura familiar.
  • Economia e Indústria: Memorandos para promover a economia digital, desenvolvimento industrial sustentável, turismo, e governança de empresas estatais.
  • Cultura e Comunicação: Acordos para fortalecer intercâmbio cultural, cooperação audiovisual e mídia, e programas educacionais e de juventude.

Durante a pronunciamento feito ao lado de Xi Jinping, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou que a parceria entre Brasil e China tem sido positiva para ambos os países.

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“Empresas chinesas vêm participando de licitações de projetos de infraestrutura e têm sido parceiras em empreendimentos como a construção de usinas hidrelétricas e ferrovias. Isso representa emprego, renda e sustentabilidade para o Brasil. indústrias brasileiras também estão ampliando sua presença na China, como a WEG, a Suzano e a Randon”, detalhou.

Apesar da vontade do governo chinês, o Brasil optou por não aderir ao projeto da Nova Rota da Seda - proposta de investimento astronômico em infraestrutura feita pelo governo chinês a países em desenvolvimento. Na avaliação da diplomacia brasileira, o acordo e seus termos poderiam comprometer a relação de independência com outras nações.


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio