A defesa da cantora Daniela Mercury questionou nesta quinta-feira (7) a demora do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), na análise do pedido de uma queixa-crime movida pela artista contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Trata-se de uma ação por difamação.
A ação foi aberta por Daniela em junho de 2022. A artista reclama de uma publicação com conteúdo falso sobre ela. No antigo Twitter, Eduardo Bolsonaro compartilhou um vídeo em que Daniela comenta que uma determinada pessoa “era gay, muito gay”. Na publicação,
A declaração, de fato, aconteceu, mas foi distorcida, segundo a defesa. O comentário foi feito durante um show da cantora, em Pernambuco, em julho de 2018. Ocorre que, lembram os advogados de Daniela Mercury, que ela não estava se referindo a Jesus, mas, sim, a Renato Russo, cantor de quem a artista era amiga. Eduardo Bolsonaro apagou a publicação.
Em pedido enviado ao ministro nesta quinta, os advogado José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall'áqua alegam que a demora “gera enorme prejuízo”, comentando que o processo merece atenção especial por se tratar de um delito de pena baixa.
“Essa situação gera enorme prejuízo à Querelante, que teve sua imagem atacada por meio de uma publicação com enorme repercussão e aguarda uma resposta do Poder Judiciário para tutelar aquele que talvez seja o bem jurídico mais precioso para uma figura pública: a honra”, comentou a defesa.