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Lula se queixa de ‘supremacia branca’ no Judiciário e elogia novos diplomatas

Presidente participou da cerimônia de formatura diplomatas pelo Instituto Rio Branco nesta segunda-feira (16) e elogiou diversidade de mulheres e negros da turma

Presidente Lula elogiou a diversidade da turma de novos diplomatas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta segunda-feira (16) da cerimônia de formatura dos novos diplomatas brasileiros formados no Instituto Rio Branco, em Brasília. Durante seu discurso no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, o presidente elogiou a diversidade de negros e mulheres na nova turma de formandos e criticou o que chamou de ‘supremacia branca’ durante evento do judiciário do qual participou no início do mês.

“Esses dias fui na posse de um ministro no tribunal, era uma supremacia branca que não tem nada a ver com a realidade brasileira. Não tem nada a ver. Eu dizia que não vi nenhum aluno no ProUni naquela posse, não vi nenhum aluno do Fies, parecia que era um outro mundo. Então quando venho aqui e vejo que o Brasil está representado na questão de gênero, na questão racial, fico com orgulho. Porque o Itamaraty é um centro de excelência”, disse o presidente em seu discurso.

A cerimônia no judiciário, em questão, aconteceu no dia 3 de setembro, quando Lula esteve na solenidade de posse do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell Marques, que assumiu o cargo de Corregedor Nacional de Justiça.

Ainda em seu discurso, o presidente também relatou estar orgulhoso da representatividade da turma.

“Vocês não imaginam o orgulho que eu tenho de saber que essa turma é a turma que tem mais mulher e é a turma que tem mais gente negra”, afirmou o presidente da República. "É uma coisa extraordinária, porque assim a gente vai colocando o Brasil em todas as suas representações”, concluiu.

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Ainda na cerimônia, Lula defendeu o trabalho feito pela diplomacia brasileira, criticou a falta de diálogo entre os países em meio aos conflitos que acontecem na Faixa de Gaza e na Europa, e afirmou que o país tem que se manter soberano diante dos interesses globais.

“Não temos nada contra os Estados Unidos, mas somos soberanos. Não temos nada contra a China, mas somos soberanos. E o Brasil quer estar com a China, com a Índia, com os Estados Unidos, com a Venezuela, com a Argentina. O Brasil quer estar com todo mundo. Agora, de forma soberana, respeitável. Porque não aceitamos ser menor que ninguém”, disse.

Queimadas fora do discurso

A participação na cerimônia fez com que o presidente Lula interrompesse sua participação em uma reunião com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, representantes do Ibama e do ICMBio e o núcleo político do governo federal.

O tema do encontro foi justamente a situação alarmante das queimadas que atingem o Brasil. Segundo fontes do governo federal, a reunião deve ser retomada durante a tarde. Após o encontro, o governo federal deve anunciar novas medidas de combate aos focos de incêndio e recursos para ajudar os estados.

No discurso no Itamaraty, Lula não chegou a citar diretamente a situação das queimadas no país, mas falou da importância do país no processo de transição climática.


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio