O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,30% nos preços de produtos e serviços no mês de julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25). O dado é considerado uma prévia da inflação oficial no país.
Em relação ao mês passado, o índice continua em alta, porém, com uma desaceleração de 0,09 ponto porcentual, quando os preços medidos pelo indicador subiram 0,39%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Transportes (1,12% e 0,23 p.p), seguido por Habitação (0,49% e 0,07 p.p.). Por sua vez, o grupo Alimentação e bebidas teve recuo de 0,44%, após oito meses consecutivos de alta. As demais variações ficaram entre o -0,08% de Vestuário e o 0,33% de Saúde e cuidados pessoais.
Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,45% em um intervalo de 12 meses. Em 2024, a alta é de 2,82%.
Combustível e passagens pesam no bolso
Segundo o estudo do IBGE, o setor de Transportes foi o ‘vilão’ da inflação no período.
No grupo Habitação, o aumento da energia elétrica residencial (1,20% e 0,05 p.p.) teve peso para o aumento da previsão da inflação. Em julho, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$1,885 a cada 100kwh consumidos.
A alta também foi influenciada pelos seguintes reajustes tarifários: de 6,76% em Belo Horizonte, que foi compensado com uma queda de -2,43% no valor da energia São Paulo,
Um ponto que pesou para a desaceleração do índice foi o setor de alimentação fora do domicílio, que registrou queda em relação ao mês de junho (0,59%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,80% em junho para 0,24% em julho) e da refeição (0,51% em junho para 0,23% em julho).