Seis telas históricas que faziam parte do acervo do Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, e que foram vandalizadas nos ataques às sedes dos Três Poderes, estão próximas de ter o restauro concluído. Entre elas está o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti.
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A obra é avaliada em R$ 8 milhões e estava em exposição no mezanino do terceiro andar do Palácio do Planalto quando foi atacada pelos invasores. O quadro, de 1962, é considerado a obra mais valiosa a sofrer com os danos causados naquele dia.
Segundo a equipe de restauro, que conta com o apoio da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais (DCPP) da Presidência da República, os quadros estão na fase final de um processo de restauração que é minucioso e tenta preservar ao máximo o estado de originalidade da obra.
A previsão da equipe que faz o restauro é que a peça de Di Cavalcanti esteja novamente disponível para exibição em setembro.
Para recuperar as peças, estão mobilizados 22 profissionais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), todos ligados ao curso de Conservação e Restauração. Os trabalhos são feitos no laboratório de conservação e restauração instalado nas dependências do Palácio da Alvorada. O contrato para trabalho dessa restauração foi fechado em R$ 2,2 milhões
O acordo entre Iphan e UFPel também inclui a realização de seminários técnicos, uma exposição fotográfica, o lançamento de um livro-arte e um documentário, além de outras ações nas escolas do Distrito Federal .
O acervo total vandalizado pelos invasores naquele dia conta com 20 obras de arte, sendo 11 quadros. A previsão é que todas tenham o restauro concluído até dezembro.