O secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacheretti, anunciou que o governo de Minas trabalha no desenvolvimento de um aplicativo para facilitar a marcação de
Dados do Ministério da Saúde apresentados em uma audiência pública realizada nesta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), mostram que o número de exames realizados no estado entre 2019 e 2022 caiu 8%. Foram 67.344 mamografias realizadas em 2019 contra 62.004 procedimentos em 2022.
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Os números e as reclamações de mulheres na dificuldade de acesso aos exames levaram a Comissão de Saúde e Saneamento da ALMG convidar Bacheretti a explicar a situação aos deputados. Segundo o secretário, o plano está sendo desenvolvido junto aos municípios, mas ainda não há previsão de lançamento do aplicativo.
“Nosso plano é garantir a toda mulher, em idade do rastreio da mamografia, que ela seja buscada de forma ativa e com pouca burocracia. Não queremos processos muito difíceis”, afirma.
Segundo o secretário, toda mulher entre 50 e 69 anos tem direito à mamografia e o objetivo do projeto é reduzir burocracia e o tempo de espera.
“Vamos garantir que ela tenha direito à mamografia e possa ser acompanhada em curto tempo até ter um diagnóstico definitivo. Significa mais mulheres com cirurgias curativas e menos fazendo quimioterapia”, espera o secretário.
Diagnóstico precoce é minoria
De acordo com Baccheretti, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) quer padrões internacionais de
“Hoje, um terço dos diagnósticos são precoces e dois terços, são tardios. Temos uma expectativa de inverter [esses números]. Estamos confiantes, temos 60 novos mamógrafos no estado inteiro e expectativa de que até o final do ano isso esteja valendo”, afirma.
Responsável por convocar a audiência pública, o deputado Arlen Santiago (Avante), avalia que a demora na realização de mamografias têm custavo vidas de mulheres em todo o estado.
“O objetivo é acharmos uma saída para essa mortandade de mulheres que está tendo no Brasil e em Minas Gerais por causa do [diagnóstico de] câncer de mama avançado. Não se faz um diagnóstico precoce e há muita burocracia para a mamografia”, criticou.