O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com um pedido junto à 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, para que o ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, seja extraditado para o Brasil. Gutierrez chegou a ser preso - e solto no dia seguinte - em Madri, na Espanha, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga uma fraude contábil na empresa. O rombo é estimado em mais de R$ 25 bilhões.
No pedido, os procuradores alegam que “caso negada a extradição, abre-se a possibilidade de processamento do requerido no Reino da Espanha, conforme o tratado indicado”.
Ambos os países possuem um tratado de extradição de 1988, que define as condições e procedimentos para extradição entre os dois países. Mas cada país pode negar a extradição de seus cidadãos. No caso de Gutierrez, o empresário tem cidadania tanto brasileira quanto espanhola.
Miguel Gutierrez foi preso preventivamente no decorrer da operação Disclosure, que teve como alvo os ex-diretores da Americanas. A investigação apurou a participação da alta cúpula da companhia na fraude contábil de mais de 25 bilhões de reais que levou a empresa à recuperação judicial no ano passado.