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ALMG aguarda decisão do STF e não descarta votação do Regime de Recuperação Fiscal

Governo de Minas vai ao Supremo para tentar 3º adiamento do prazo para retomada de pagamento da dívida

Tadeu Martins Leite não descartou retomar a tramitação do Regime de Recuperação Fiscal

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai aguardar uma eventual manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um novo prazo para a retomada das parcelas da dívida do Estado com a União para decidir sobre o projeto de lei que pede a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira (9), o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), disse que mantém o projeto do RRF no calendário e que ele voltará a tramitar caso não haja outra opção. Ele frisou, ainda, que considera o projeto de lei sobre a renegociação das dívidas dos Estados, apresentado no Senado nesta terça, como um caminho melhor para a solução do problema.

“Pelo que eu vi, rapidamente, da proposta ela é muito melhor que o RRF que vem tramitando aqui na Casa”, afirmou.

Aproveitando o início da tramitação do Senado, o Governo de Minas decidiu acionar o STF para pedir um novo adiamento no prazo para retomada de pagamento das parcelas da dívida com a União. O prazo vence em 20 de julho e, ao menos em tese, a partir dessa data, a gestão Zema já deveria voltar a pagar as parcelas da dívida — prática interrompida no final de 2018 devido a diversas liminares concedidas por ministros do Supremo.

“A todo o momento eu falava que o Regime de Recuperação Fiscal só seria votado se nós não tivéssemos mais tempo ou um novo caminho a ser apresentado. Neste momento, ainda estamos aguardando uma manifestação do Supremo sobre esse novo prazo que temos que aguardar — para saber se será dado ou não —, para saber se a ALMG terá que se pronunciar ou não sobre o Regime”, afirmou o parlamentar.

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“A princípio, eu não excluí ele do meu calendário de votações, até porque eu preciso aguardar a manifestação do Supremo”, completou.

Martins Leite afirmou que a Assembleia será responsável sobre uma definição acerca da retomada da tramitação do projeto do RRF.

“Entendo que esse caminho [o projeto de lei de refinanciamento das dívidas dos Estados] é muito melhor que o Regime. Mas, se não tivermos mais tempo e esse projeto tendo sido aprovado até o final desse trâmite como um todo, eu também não posso ser irresponsável de entender que o governo pode pagar até o fim do ano mais R$ 6 bilhoes ou um pouco mais, dependendo da parcela que for”, disse.


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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.
Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.