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Tadeu Leite diz que ALMG aguarda ‘contas’ de Zema sobre possível aumento de reajuste oferecido a servidores

Presidente do Parlamento afirmou que próximos dias servirão para o aprofundamento dos diálogos entre deputados e governo a respeito do tema

Projeto sobre reajuste ao funcionalismo de Minas ainda não teve a análise em primeiro turno concluída

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), disse, nesta quarta-feira (29), que os próximos dias servirão para que deputados estaduais e o governo de Romeu Zema (Novo) debatam eventual ampliação do reajuste de 3,62% proposto aos servidores públicos. Mais cedo, o texto original foi aprovado em primeiro turno pelos parlamentares, mas emendas que poderiam fazer o aumento salarial passar a 10,67%, por exemplo, não foram analisadas por falta de quórum.

“O importante é tentarmos construir um planejamento melhor do que o que aí está, mas a quatro mãos. Estamos aguardando o governo fazer suas contas e análises para saber se, de fato, conseguem ou não dar uma melhoria para todos os servidores. Não tivemos resposta até então. Então, na semana que vem vamos tentar dar sequência às negociações com o governo. E, aí, sim, dar sequência à votação em plenário”, afirmou, em entrevista coletiva na sede da ALMG, em Belo Horizonte.

Embora o reajuste proposto pela equipe econômica de Zema tenha sido aprovado, o texto ainda não pode tramitar em segundo turno, porque as emendas ficaram emperradas. A expectativa é que o debate a respeito do assunto seja retomado nas sessões plenárias da próxima semana.

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A reunião desta quarta foi esvaziada por parlamentares da base aliada a Zema. O líder do governo na Assembleia, João Magalhães (MDB), pediu a recontagem do número de deputados presentes. Assim, constatou-se que 33 deputados estavam no plenário — para que uma votação aconteça, é preciso reunir, no mínimo, 39 integrantes do Legislativo.

Leite disse ver com “naturalidade” a estratégia de esvaziamento do plenário posta em prática pelos governistas. Segundo ele, deputados que aderiram ao expediente precisam de tempo para analisar as emendas

“Foi um jogo natural de plenário, de oposição versus base. O conjunto da Assembleia está aguardando o governo terminar suas contas para saber a resposta final sobre se é possível, ou não, fazer uma nova discussão dos valores. Após a resposta do governo, a Assembleia vai, de forma independente, tomar suas decisões no plenário”, apontou.

Garantia de diálogo

Nessa terça-feira (28), Tadeu Leite se reuniu com Zema na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em BH. À mesa, justamente, o reajuste dos servidores. Segundo ele, o poder Executivos tem dado mostras de estar aberto ao conversas. O encontro teve, ainda, a presença de secretários de Estado e do vice-governador Mateus Simões (Novo)

“Nós estamos em diálogo. Só de estarmos em diálogo, acredito que exista a intenção do governo em fazer uma nova construção, em parceria com toda a Assembleia. Temos que aguardar. Temos, cada vez mais, de valorizar o servidor público, mas entender também as dificuldades que o estado passa. Por isso, temos de discutir o assunto com muita responsabilidade”, observou o presidente da Assembleia.


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Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.