O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Azevedo (MDB), retirou de pauta um projeto de lei que alterava o zoneamento de um terreno no bairro Castelo, na região da Pampulha.
De autoria dos vereadores Sérgio Fernando, Cleiton Xavier e Jorge Santos, a proposta foi apresentada após uma decisão da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) de destinar a área para a construção de moradias populares por meio do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Com a alteração do zoneamento, o terreno passaria a ser considerado "área especial de interesse social - AEIS-1", o que evitaria a destinação desejada pela prefeitura.
Moradores do Castelo contrários à decisão da PBH compareceram às galerias da Câmara para pressionar pela aprovação do projeto. Eles pretendem transformar o espaço — em parte já ocupado por uma Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) em uma praça.
O adiamento da votação do Projeto de Lei 661/2023 ocorre após um acordo entre os vereadores e a Prefeitura de BH. Uma reunião foi marcada para a próxima segunda-feira (13) para tratar do assunto.
A área em questão já foi pleiteada pela prefeitura para a instalação de um centro de esterilização de lixo hospitalar e, mais recentemente, para a construção de moradias populares — o que desagradou a vizinhança do bairro de classe média-alta.
Azevedo aproveitou o debate sobre o assunto para criticar, novamente, o prefeito Fuad Noman (PSD), a quem chamou de “antiquado pra burro” e “atraso para a cidade”.
“Prefeito, eu não tenho nehum problema com o seu estilo pessoal, tenho um problema grave com as suas ideias. São antiquadas, o senhor não tem repertório urbano e caiu na cadeira de prefeito por acidente. Não faz ideia do espaço que ocupa hoje”, criticou.
O vereador também comparou o projeto habitacional elaborado pela prefeitura para a construção de casas populares ao “BNH da ditadura” e a guetos da Berlim Oriental.
