O presidente Lula (PT) voltou a afirmar nesta sexta-feira (3) que manterá o compromisso de ajuda com o Rio Grande do Sul, estado duramente afetado pelas chuvas que já causaram 35 mortes e a destruição de diversas cidades. Em um recado direcionado diretamente ao governador Eduardo Leite (PSDB), o presidente destacou o trabalho que vem sendo feito pelo seu time de ministros.
“Queremos transmitir aos familiares nossa solidariedade, ao povo gaúcho a nossa solidariedade e voltar a afirmar ao governador do estado que o governo brasileiro, o governo federal, e seus 37 ministros, estaremos à disposição para tentar ajudar o estado do Rio Grande do Sul”, disse Lula ao abrir o pronunciamento à imprensa ao lado do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, com quem esteve reunido nesta manhã, no Palácio do Planalto.
Fora do tom
A fala de Lula, direcionada ao governador Eduardo Leite, é resposta a um posicionamento que tem incomodado o Palácio do Planalto. Membros do governo entendem que o tucano tem exagerado nas cobranças ao governo federal nas redes sociais, que contradizem a real postura do governo, que desde o primeiro momento esteve atuando no auxílio às vítimas no Estado.
Ao comentar a visita que fez ao Rio Grande do Sul, na quinta-feira (2), o presidente disse que assumiu um compromisso com o Estado. “A gente não conseguia enxergar um palmo à frente do nariz, muita chuva, neblina, fomos com ministros para prestar solidariedade e assumir o compromisso público de que o governo federal não deixará faltar nenhum apoio para recuperar os estragos que as chuvas estão causando no estado”, disse Lula.
No Palácio do Planalto, foi montada uma sala de crise para monitorar, em tempo real, a situação no estado gaúcho e as ações do governo federal. Ainda nesta sexta-feira, o governo deve anunciar medidas para atender os mais de 56 mil inscritos que devem participar do Concurso Nacional Unificado (CNU), chamado de Enem dos concursos. Das 10 cidades onde a prova vai ser realizada, seis estão em situação de emergência por conta dos temporais. A expectativa é que um possível adiamento da prova seja mantido apenas para as regiões afetadas no Estado.
