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Julgamento de Sergio Moro: ‘acredito que terá mandato cassado e ficará inelegível’, afirma advogado do PL

PL e PT acusam senador Sergio Moro de abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022; partidos querem cassação imediata do político

Julgamento de ações que pedem cassação de Sergio Moro (União Brasil-PR) começa nesta segunda-feira (1º)

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) começa a julgar nesta segunda-feira (1º) o pedido de cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) apresentado à Justiça pelo Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro e pelo Partido dos Trabalhadores (PT) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

À Itatiaia, o advogado do PL, Guilherme Ruiz Neto, afirmou que acredita na cassação e na condenação de Moro à inelegibilidade por abuso de poder econômico durante a pré-campanha da eleição presidencial de 2022. “Hoje o TRE analisará todos os documentos anexados aos autos. São documentos que comprovam a prática dos abusos mencionados no processo. Acreditamos que o ex-juiz Sergio Moro terá seu mandato cassado e ficará inelegível por oito anos”, declarou.

Apesar de começar nesta segunda-feira, o julgamento das ações de PT e PL contra Moro poderá ser esticado para quarta-feira (3) e 8 de abril, segundo previsão do TRE. Os processos acusam o atual senador do União Brasil de usufruir da exposição da pré-candidatura à presidência da República para, em seguida, concorrer a um cargo com menor teto de gastos e menos visibilidade — a disputa ao Senado Federal pelo Paraná.

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Uma das ações sustenta que Moro usou o Fundo Partidário e o Fundo Especial de Campanha para construir a própria imagem enquanto pré-candidato; e teria colhido os benefícios dessa movimentação já na disputa ao Senado. A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) manifestou um parecer favorável à cassação do mandato de Moro. No ano passado, o senador negou as acusações.

Sete desembargadores votarão no processo que terá início nesta segunda-feira. É preciso maioria para a condenação de Sergio Moro, mas, o sétimo a votar — o presidente do TRE-PR — só se manifestará se houver empate. A equipe do senador pode recorrer, após a decisão, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.
É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.