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Saiba os próximos passos do caso Marielle Franco após a conclusão das investigações pela PF

Após fim das apurações pela Polícia Federal, STF vai julgar decisões de Moraes e Câmara deve marcar votação sobre prisão de deputado

Saiba os próximos passos sobre o caso Marielle após conclusão das investigações da PF

Encerrada a fase de investigação sobre os mandantes, intermediários e executores do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o caso agora chegará à Justiça, que vai analisar o inquérito da Polícia Federal e o posicionamento do Ministério Público.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá nesta segunda-feira (25) se vai referendar ou não a decisão do ministro Alexandre de Moraes, com as três prisões de suspeitos de serem mandantes e participantes do crime.

Veja mais: Veja o relatório da Policia Federal sobre mandantes de assassinato de Marielle Franco

A sessão no STF será de forma virtual, com os ministros podendo incluir seus votos no processo entre 0h e 23h59 desta segunda-feira.

A Justiça definirá ainda o destino dos três presos neste domingo (24): o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) e seu irmão, o conselheiro do TCE do RJ, Domingos Brazão, e o delegado Rivando Barboza. Eles foram levados par o presídio federal de Brasília, mas ainda será avaliado se serão encaminhados para outras unidades federais.

As defesas dos três suspeitos de serem mandantes no assassinato de Marielle negam as acusações feitas pela Polícia Federal.

Decisão na Câmara dos Deputados

A prisão do deputado federal Chiquinho Brazão precisa ainda passar por análise do plenário da Câmara dos Deputados, que poderá mantê-lo preso ou soltá-lo. A data da sessão ainda não foi anunciada, mas deverá ocorrer nos próximos dias.

De acordo com a Constituição Federal, deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por opiniões, palavras e votos e não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nestas situações, os autos são remetidos à Câmara ou ao Senado para que a maioria absoluta da Casa (no caso da Câmara, o voto de 257 deputados) decida, em voto aberto, sobre a prisão.

Segundo a Câmara, o primeiro passo é a comunicação formal, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), que deve ocorrer em até 24 horas após a prisão.

Nos últimos precedentes recentes, incluindo a prisão do ex-deputado Daniel Silveira, em 2021, a Presidência da Câmara notificou o deputado preso que a detenção seria apreciada na próxima sessão. Um parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) é apresentado diretamente em plenário, em razão da urgência da matéria.

A defesa pode falar por até três vezes, antes da leitura do parecer, após a leitura, e após a discussão.

(Com agências)

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.