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Policiais, esposa e assessor: veja quem são os alvos de medidas cautelares do caso Marielle

Entre os quatro alvos da Polícia Federal está o delegado e ex-chefe da Polícia Civil, Giniton Lages; investigado chegou a escrever um livro sobre os bastidores do caso Marielle Franco

A Polícia Federal deflagrou uma operação neste domingo (24) para prender os suspeitos de mandarem matar, em 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Além dos três suspeitos presos - Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado; Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro; e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio - outras quatro pessoas foram alvo de medidas cautelares. São elas:

  • Erica Andrade, esposa de Rivaldo Barbosa;
  • Giniton Lages, delegado da PC e ex-chefe da Polícia Civil
  • Marco Antônio Barros, comissário de polícia civil do Rio de Janeiro
  • Robson Calixto Fonseca, assessor do TCE-RJ.

Entre as medidas cautelares, houve busca e apreensão nas casas, veículos e locais de trabalho dos investigados. Todos os locais foram inspecionados, exceto os que ficam nas dependências do congresso.

A Polícia Federal também apreendeu bens e valores, congelou as contas bancárias dos suspeitos, e bloqueou o acesso ao conteúdo de dados de dispositivos eletrônicos como computadores, celulares e tablets. Todos eles também tiveram que entregar passaportes.

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Investigado publicou livro sobre a morte de Marielle

O delegado e ex-chefe da Polícia Civil, Giniton Lages, comandava a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) logo no início das investigações do caso Marielle Franco. Após ser afastado do caso sob suspeita de estar atrapalhando as investigações, Giniton escreveu um livro sobre os bastidores das investigações.

A obra de 296 páginas detalha o assassinato de Marielle e Anderson. O título do livro é: ‘Quem matou Marielle? Os bastidores do caso que abalou o Brasil e o mundo, revelados pelo delegado que comandou a investigação’.

Na descrição de venda, o livro conta como foram “as investigações trouxeram à tona diversas informações sobre o submundo do crime no Rio de Janeiro, as conexões das milícias e, principalmente, a grande dúvida de quem foi o mandante da execução”.

Ainda de acordo com a editora, a obra revela “em detalhes como foi a investigação e os bastidores do caso na visão do delegado Giniton Lages, desde o dia em que ele assumiu o comando do caso até a prisão dos dois acusados pelos homicídios”.

Neste domingo, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o afastamento de Giniton das funções da Polícia Civil. Também foi estabelecido que o ex-chefe da PC terá que usar tornozeleira eletrônica.

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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.