O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confessou, em ato realizado na Avenida Paulista, no domingo (25), a realização de atos criminosos contra a democracia. O ministro disse, em conversa com jornalistas, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (26), que não acompanhou o ato bolsonarista, mas avaliou que houve confissão de crimes durante o discurso do ex-presidente aos apoiadores. “Talvez seja a primeira vez na história que pessoas que cometeram atos criminosos chamam um evento em praça pública e, na praça pública, confessam o crime e vão além disso, pedem perdão e anistia aos crimes cometidos”, afirmou. ““É um negócio inusitado de alguém confessar que fez a prática criminosa”, completou o ministro.
Rui Costa avaliou que os atos não prejudicam a estratégia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de pacificar o país e de estreitar a relação com o segmento evangélico, que votou, majoritariamente, no ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. “Diante do que eles tinham divulgado, da força que tiveram no passado, não tem nenhuma surpresa. Todos sabem que o país ainda se encontra com um grau de polarização grande e a pregação do ódio”, avaliou.
O ministro Rui Costa disse que o golpe contra a democracia não foi concretizado por falta de aderência de diferentes segmentos da sociedade. ”O golpe não se viabilizou porque a sociedade brasileira não aceita golpe. Ninguém aceita isso. Ela nunca esteve e não está presente para a esmagadora maioria da população brasileira. Foi por isso que o golpe não se concretizou, porque não houve aderência”, destacou o ministro.
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