O presidente Jair Bolsonaro confirmou a suspeita de que o orçamento do governo federal teria sido usado para alavancar sua campanha para presidência da república em 2022. Na ocasião, o Executivo inflou os gastos com o pagamento de auxílios através da chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Bondade, que causou um impacto de R$ 41,2 bilhões no orçamento. A proposta foi respaldada pelo Congresso Nacional.
A fala consta no
No vídeo, Bolsonaro abre a reunião dizendo: “A Câmara deve votar hoje a PEC da Bondade, como foi chamada, e não tem como, depois dessa PEC da bondade, a gente não tá pensando nisso, mas ter 70% dos votos. Mas a gente vai ter 49% dos votos e eu vou explicar porque”, afirma. Na sequência, Bolsonaro dispara críticas contra o Supremo Tribunal Federal e alega que haveria um complô do Tribunal Superior Eleitoral para que ele não fosse eleito.
A PEC da Bondade aumentou o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, além de elevar o valor do vale-gás para o equivalente em dinheiro a um botijão (R$ 120) a cada 2 meses, concedendo voucher de R$ 1.000 para caminhoneiros autônomos, entre outros. O impacto no orçamento foi R$ 41,2 bi e a medida foi considerada por opositores como uso da máquina pública para que Bolsonaro ganhasse as eleições.
O vídeo da reunião ministerial, que estava em posse de Mauro Cid, foi uma das provas que embasou a operação Tempus Veritatis, que jogou luz sobre um suposto plano de intenções golpistas para que a eleição do presidente Lula fosse invalidada e o ex-presidente Bolsonaro se mantivesse no poder, mesmo após ser derrotados nas urnas, em 2022.
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