O maior bloco partidário da Câmara dos Deputados perdeu uma das oito siglas que o compõem. O líder do PSB, Gervásio Maia (PSB-PB), protocolou um ofício informando a retirada do partido do blocão articulado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Agora, o grupo terá 14 deputados a menos e seguirá com 144 parlamentares alinhados às orientações da bancada.
O ofício à Secretaria-Geral da Câmara detalhando a retirada do PSB do bloco é assinado por dez dos 14 parlamentares filiados à sigla, são eles: Gervásio Maia, Bandeira de Melo (PSB-RJ), Duarte Junior (PSB-MA), Eriberto Medeiros (PSB-PE), Jonas Donizette (PSB-SP), Lídice da Mata (PSB-BA), Lucas Ramos (PSB-PE), Paulo Foletto (PSB-ES), Pedro Campos (PSB-PE) e Tabata Amaral (PSB-SP). Os quatro parlamentares que não assinam o documento são: Felipe Carreras (PSB-PE), Guilherme Uchoa (PSB-PE), Heitor Schuch (PSB-RS) e Luciano Ducci (PSB-PR).
O maior bloco da Câmara dos Deputados, composto por PP, União Brasil, PSDB-Cidadania, Solidariedade, Patriota, Avante, PDT e, antes, PSB, foi criado a partir de articulação do presidente Arthur Lira em abril do ano passado.
Líder do PSB cita estratégia e busca por protagonismo para justificar saída do bloco de Lira
Novo líder do partido na Câmara dos Deputados, Gervásio Maia e representantes de outras legendas se reuniram nessa segunda-feira (5) para tratar dos rumos do blocão; na ocasião, ele indicou que o PSB se retiraria do grupo. A decisão foi, segundo ele, informada a Arthur Lira em ligação telefônica ainda antes da sessão de abertura do ano legislativo. A prioridade é evitar que os parlamentares filiados à sigla acabem escondidos pela atuação da bancada com presença majoritária de membros do União Brasil e do PP — que concentram 109 dos agora 144 deputados do blocão.
“A ideia, agora, é exatamente estabelecer estratégias para ampliar nosso protagonismo”, afirmou Maia, citando os três minutos de fala à que o partido terá direito com a saída do bloco. “Foi uma decisão conversada com os líderes do bloco e com o presidente Arthur. Foi uma decisão muito amadurecida”, acrescentou. “Agora, também avaliaremos as entregas feitas pela bancada no ano passado e teremos a liberdade de ler os cenários e decidir aquilo que dê maior protagonismo político e legislativo [ao partido]”, pontuou.
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