A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou, nesta terça-feira (23), que irá ingressar com uma ação na Justiça contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) devido a uma publicação feita pelo parlamentar a respeito do suposto mandante das mortes da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em março de 2018, na região central do Rio de Janeiro. Nikolas Ferreira fez uma publicação, nas redes sociais, dizendo que o ex-policial militar Ronnie Lessa teria feito uma delação, e que no acordo ele teria apontado o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingo Brazão como mandante do crime. Nikolas disse que Brazão conseguiu se eleger para o cargo de conselheiro do TCE-RJ com votos do PT.
Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco, delata Domingos Brazão como um dos mandantes do atentado a ex-vereadora. E foi aprovado pra ir pro TCE do Rio com votos do PT na Alerj. pic.twitter.com/xaBnclc2LW
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) January 23, 2024
Gleisi Hoffmann classificou a publicação do parlamentar mineiro como “nojenta fakenews” e afirmou que Nikolas Ferreira irá responder na Justiça. “Quem teve apoio do suposto mandante em 2018 foi Jair Bolsonaro, prometendo “metralhar os petistas”. Tudo que o PT quer é que a Polícia, o MP e a Justiça concluam a investigação, sem interferências que a prejudiquem. O mandante desse crime, seja quem for, tem de pagar!”, afirmou Gleisi, em uma postagem nas redes sociais.
A turma do Bolsonaro nem esperou a Justiça validar a delação do assassino de Marielle e Anderson pra espalhar mentiras contra o PT. É nojenta a fakenews do bolsonarista Nikolas e ele terá de responder por mais este crime. Quem teve apoio do suposto mandante em 2018 foi Jair…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 23, 2024
A Polícia Federal (PF) negou, na noite desta terça-feira (23), que tenha firmado um acordo de delação premiada com o ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, que está preso desde março de 2019 acusado de ser um dos executores das mortes da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e do motorista parlamentar Anderson Gomes. No comunicado, a Polícia Federal disse que Até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário. Apenas o ex-PM Élcio de Queiroz teve a delação homologada. O acordo culminou na prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel. Os três suspeitos de participação no crime aguardam o julgamento na prisão.
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