Líder da oposição na Câmara dos Deputados e aliado direto de Jair Bolsonaro, Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo da 24ª fase da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (18), que quer identificar os responsáveis por planejar, financiar e incitar os atos golpistas do 8 de Janeiro. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete do parlamentar, no Anexo III da Câmara dos Deputados, e na casa dele, no Rio de Janeiro.
Vereador de Niterói entre 2017 e 2019, onde também é pré-candidato à prefeitura nas eleições de outubro, Jordy está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados. Durante o governo Bolsonaro, ocupou o cargo de vice-líder do governo e, hoje, lidera a oposição contra os partidos que compõem a base do atual presidente Lula (PT).
Além de Jordy, outros suspeitos de participação nos atos golpistas também são alvo da operação desta quinta-feira. Entre eles estão apoiadores de Jair Bolsonaro que estiveram no acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Oito mandados de busca e apreensão são cumpridos no estado e outros dois no Distrito Federal.
Em publicação nas redes sociais, Carlos Jordy afirmou que os policiais apreenderam uma arma de fogo e cerca de R$ 1 mil em dinheiro. “Eu não sabia o que era. Me deram a cópia do mandado. Petição 11.986. Eles estavam buscando arma, celular, tablet. E pegaram minha arma, pegaram meu celular. Queriam dinheiro, eu tinha R$ 1 mil aqui em casa”, declarou. O parlamentar também negou estar envolvido com os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. “Eu, em momento algum do 8 de janeiro, eu incitei, falei para as pessoas que aquilo ali era correto”, disse.
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