O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), chamou o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de “grande salvador” do estado no que tange aos debates sobre a dívida pública mineira.
Nesta quinta-feira (14), o emedebista disse que Pacheco teve papel importante nas articulações que culminaram em uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) para estender a carência do passivo, de cerca de R$ 160 bilhões.
Apesar de render elogios a Pacheco, Tadeu Leite afastou possíveis embates entre o senador e o governador Romeu Zema (Novo). A proposta de refinanciamento da dívida encampada pelo chefe do Congresso, vale lembrar, surgiu como alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) apresentado pela equipe de Zema.
“Falo isso (que Pacheco é o ‘grande salvador’) porque todos sabemos que o Regime de Recuperação Fiscal, em que pese postergar as parcelas de pagamento do governo, não resolvia o problema da dívida. Agora, todos nós estamos imbuídos para construir uma nova solução, definitiva, para o estado de Minas Gerais”, disse o presidente do ALMG.
Durante entrevista coletiva na sede do parlamento mineiro, Tadeu Leite evitou tratar o desfecho do tema como um revés de Zema.
“Não vejo nem como vitória ou derrota de ninguém. A grande vitoriosa desse processo é a população de Minas Gerais, que vai ganhar um tempo para que o Parlamento e os governos consigam construir um novo caminho”, apontou.
O plano de Recuperação Fiscal de Zema propõe, por exemplo, a privatização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Do outro lado, Pacheco, apoiado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), defende o repasse, à União, de estatais mineiras.
‘Não houve vencidos’, diz líder de Zema
O deputado estadual João Magalhães (MDB), líder do governo Zema na Assembleia, refutou a hipótese de derrota do Palácio Tiradentes.
“De maneira nenhuma (houve revés de Zema). O governo do estado aderiu plenamente desde o primeiro momento e peticionou ao Supremo solicitando a prorrogação do prazo, o que aconteceu ontem. Não houve vencedores ou vencidos. Quem ganhou foi Minas Gerais”, assinalou.
Pacheco elogia Tadeu Leite
Os acenos políticos posteriores à liminar do Supremo também surgiram de Brasília (DF). Em coletiva na capital federal, Rodrigo Pacheco elogiou Tadeu Leite.
“Faço um um reconhecimento público muito importante à altivez da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, especialmente do seu presidente, o deputado Tadeu Martins Leite que foi, na verdade, o precursor dessa solução”, apontou.