O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que haja discussões dentro do governo sobre fatiamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública com a indicação de Flavio Dino e posterior saída para o Supremo Tribunal Federal (STF). Dino ainda não tem sucessor e, segundo Padilha, o debate sobre o assunto ainda não começou tendo em vista que o ministro ainda não foi sabatinado pelo Senado.
O ministro afirmou que Lula se concentrou na indicação e que Dino tem uma agenda intensa, mas “reforçou que Dino permaneça tocando o ministério” ao deixar o país para agenda no Oriente Médio.
Padilha ainda chegou a ser questionado sobre o nome do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Levandowski, que teve o nome ventilado para ocupar o cargo que deve ficar vago com a saída de Dino, caso seja aprovado pelo Senado. Padilha respondeu que Lewandowski é preparado para ocupar qualquer cargo, mas que a sucessão de Flávio Dino ainda não está em discussão no governo. As declarações de Padilha foram dadas durante a reunião da Frente Nacional de Prefeitos que acontece em Brasília até amanhã.
O ministro responsável pela articulação política do governo também tratou de um assunto espinhoso, as denúncias que rondam ministros indicados pelo chamado Centrão para o governo. Sobre denúncias que estão em investigação pela Polícia Federal sobre compra de votos pelo atual ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), em 2018, quando ainda não era ministro, Padilha disse que não há “pré-julgamento”. “O governo acredita no trabalho da Polícia Federal.[...] nós não trabalhamos com ‘ser’ em ‘matéria da imprensa’. Esse governo não toma decisões sobre trabalhos não concluídos. Nenhuma decisão será precipitada”, afirmou.