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Grupo anticorrupção estuda regras para evitar o uso de gado para lavagem de dinheiro

Coordenado pelo Ministério da Justiça, grupo definiu como uma das prioridades para 2024 a fiscalização do uso de áreas devastadas ilegamente para criação de gado

Um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Justiça, e que envolve mais de 80 instituições, definiu nesta quinta-feira (23) seis ações que serão implementadas ao longo de 2024 e que terão como objetivo fortalecer a estratégia no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no país.

Entre as propostas, o grupo estabeleceu regras para aumentar a fiscalização nos mecanismos de rastreabilidade de gado. Os animais criados em áreas desmatadas ilegalmente têm sido utilizados por criminosos para lavagem de dinheiro, como explica o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho.

“Infelizmente, em razão de um passado recente que nosso país viveu, houve praticamente um apagão na fiscalização de crimes ambientais e de irregularidades ambientais. Houve um sucateamento dos órgãos responsáveis e um aparelhamento, e isso tem um resultado prático que é um aumento expressivo da utilização de crimes ambientais para lavagem de dinheiro. Daí a razão pela qual esse foi um dos eixos prioritários que nós definimos. A questão do gado, historicamente, nós já acompanhamos um crescimento da utilização de supostas criações para a utilização de fachadas para lavagem de dinheiro”, explicou.

O trabalho será coordenado pelos Tribunais de Contas do Brasil e terá acompanhamento do Ministério Público da União, Polícia Federal e do Ibama, entre outros órgãos que integram a Enccla (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro).

Repórter da Rádio Itatiaia em Brasília atuando na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas Gerais, já teve passagens como repórter e apresentador pela Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor do prêmio CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio.
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