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Autoridades e familiares se despedem de Alberto Pinto Coelho

Ex-governador de Minas Gerais faleceu nesta segunda-feira (20), aos 78 anos

Velório de Alberto Pinto Coelho foi aberto e realizado no Palácio da Liberdade

Autoridades políticas e familiares comparecem ao velório do ex-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, na tarde desta segunda-feira (20). A cerimônia foi realizada no Palácio da Liberdade, antiga sede do Governo de Minas Gerais, e o enterro está marcado para esta terça-feira (21).

Um dos presentes foi o governador Romeu Zema (Novo), que se solidarizou com os familiares e lamentou a passagem do ex-chefe do Executivo mineiro.

"[Alberto Pinto Coelho] teve uma longa carreira política como parlamentar, como presidente da Assembleia Legislativa e foi um homem marcante pelo legado que está deixando pela atuação política que teve no estado. É uma perda muito grande para nós, mineiros, perdê-lo em uma idade prematura. Fico triste de esse homem público, com essa estatura, ter nos abandonado”, afirmou.

O deputado federal, Rogério Correia (PT), também deu destaque ao perfil conciliador do ex-governador nos tempos que dividiram o plenário na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Mesmo de lados opostos na disputa política, Correia afirmou que as divergências ficavam no parlamento e nunca foram motivos de atritos pessoais.

“Fomos colegas por oito anos, depois ele foi presidente da ALMG, sempre foi negociador, político com P maiúsculo, político mineiro. Conversava muito, ensinava muito, ouvia muito, mas também tinha muita sensibilidade social. Quando eu entrei ele já era um político experiente e me ensinou muito”, recorda o parlamentar.

Trajetória

Alberto Pinto Coelho foi governador do estado entre março e dezembro de 2014, assumiu o cargo após renúncia de Antonio Anastasia (que se candidatou ao Senado, na ocasião) e passou o comando do Palácio Tiradentes para Fernando Pimentel, eleito naquele ano. Ele lutava contra uma leucemia e estava internado em um hospital de Belo Horizonte, quando faleceu.

Nascido na cidade goiana de Rio Verde, Alberto deixa, além de Betinho, outros três filhos, netos e a esposa, Célia Pinto Coelho. Quatro vezes deputado estadual por Minas Gerais, ele foi eleito presidente da Assembleia Legislativa em 2007. Dois anos depois, foi reconduzido à chefia do Legislativo. Em 2010, fez “dobradinha” com Anastasia e chegou ao poder Executivo.

Na gestão de Itamar Franco (MDB), entre 1999 e 2003, Alberto foi líder de governo. Ocupou o mesmo cargo durante a administração de Aécio Neves (PSDB).

Dos quatro filhos de Alberto, dois (Betinho e Alexandre) são de seu primeiro casamento, com Santuza Abras, vice-reitora da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). A ex-esposa dele também já faleceu. Com Célia, o ex-governador foi pai de Daniel e Paula.

O pai de Alberto Pinto Coelho tinha o mesmo nome do filho e foi presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).

Os primeiros passos do ex-governador mineiro na política foram orientados por José Aparecido de Oliveira, jornalista de expressiva votação para deputado federal por Minas Gerais antes do golpe militar de 1964.

Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.