O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer críticas duras sobre o Estado de Israel. Lula afirmou que ‘não é correto expulsar os palestinos da Faixa de Gaza’. O presidente ainda reafirmou que quanto aos ataques israelenses à Gaza que já vitimou milhares de crianças, Israel age como terrorista. O presidente afirmou ainda que fez um apelo à China, que preside o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas desde o dia 1º, quando terminou a presidência rotativa do Brasil, para a paz. “A guerra como está não tem fim”, afirmou.
As falas do presidente foram durante a já tradicional ‘Conversa com o Presidente’ que é transmitida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Lula falou da emoção que foi receber os brasileiros e palestinos, nessa segunda (13), que estavam na Faixa de Gaza e aguardavam há mais de um mês para sair da região mais perigosa do conflito. Nesse momento, o presidente fez duras críticas a Israel e os bombardeios que mataram milhares de civis desde que as tropas israelenses entraram em Gaza. Se eu sei que tá cheio de crianças naquele lugar, pode ter um monstro lá dentro[...] Eu tenho que matar o monstro sem matar as crianças”. E citou a morte de mais de 5 mil crianças e dezenas que estão desaparecidas por causa da guerra.
Ao falar sobre a proposta que o Brasil fez enquanto presidia o colegiado da ONU para resolução de conflitos e que foi vetada pelos Estados Unidos, Lula disse que a ONU precisa de uma reformulação e que nas atuais circunstâncias não é capaz de exercer seu papel. “A ONU precisa mudar, a ONU de 1945 não vale mais nada em 2023", afirmou.
Ainda nesse contexto, o presidente se manifestou reiterando a postura do Brasil de defensor da criação de um Estado Palestino e disse que “não é correto expulsar os palestinos da Faixa de Gaza”. Lula citou os países vizinhos do Brasil e a coexistência de vários Estados sinalizando que não deveria haver a disputa por território. “Nós sempre defendemos a criação de dois Estados. Nós queremos o Estado judeu e o Estado palestino.[...] e que eles vivam como a gente vive aqui com a Bolívia”, se referindo também a outros países que fazem fronteira com o Brasil.