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Deputado diz que federalização da Codemig atenderá antigo pedido de Bolsonaro; entenda

Professor Cleiton relembrou na ALMG defesa que ex-presidente Bolsonaro fez da exploração de nióbio e grafeno pelo Estado

Deputado Professor Cleiton citou defesa que ex-presidente Jair Bolsonaro fez sobre Estado explorar nióbio e grafeno

Autor da proposta que prevê a federalização da Companhia de Desenvolvimento de Minas Geais, a Codemig, o deputado Professor Cleiton (PV) afirmou nesta terça-feira (31), durante reunião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que a medida vai atender a um antigo pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O parlamentar de esquerda é contra a privatização da Codemig e defende que a empresa se mantenha sob controle estatal. Ele apresentou uma proposta para que o governo de Minas faça um acordo para federalizar a empresa mineira, abatendo o valor dela no total da dívida do estado com a União.

A proposta foi defendida também pelo governador Romeu Zema (Novo), que enviou uma carta consulta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com um pedido para as negociações sobre a federalização da Codemig.

“No dia de ontem, recebemos a grata surpresa e notícia maravilhosa que foi aceita a proposta de dar a Codemig para resolver o problema”, afirmou Professor Cleiton.

“Com isso temos a possibilidade de, ao invés de desidratar e entregar essa empresa pública (ao setor privado), teremos a oportunidade de federalizar. Inclusive, aos deputados bolsonaristas, temos a oportunidade de fazer o que Bolsonaro defendia quando era deputado, que é a exploração do nióbio e do grafite pelo Estado”, continuou Cleiton.

‘Revolucionar a humanidade’

Desde quando era deputado federal, Bolsonaro defendia que o Estado brasileiro deveria explorar o nióbio e o grafeno, apontados como matérias ricas para o desenvolvimento de novas tecnologias.

Eleito presidente em 2018, Bolsonaro manteve o discurso de que era preciso controlar a produção dos dois elementos e que nióbio e grafeno podem “revolucionar o destino da humanidade”. “Temos por volta de um terço das reservas de grafite, ou grafita, em vários estados. Temos aproximadamente 97% do nióbio que, casado com o grafeno, vai revolucionar o destino da humanidade”, afirmou o então presidente em julho de 2021.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.