O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), afirmou que várias lideranças do PT em Minas estão agindo de forma responsável ao defender o diálogo sobre a adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto pelo governador Romeu Zema (Novo).
Apesar de deputados do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) criticarem o plano do governo de Minas e prometerem obstruir sua aprovação, outros nomes da sigla - como da prefeita de Contagem, Marília Campos, e o deputado Reginaldo Lopes - admitiram a necessidade de se discutir alguma solução para a dívida do estado.
Algumas posições de Marília,
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Em entrevista à Itatiaia, Simões afirmou que uma ala do PT age de maneira responsável e que o diálogo sobre a adesão vai garantir a arrecadação até do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Nesse momento o PT age de forma responsável como titular da cadeira federal. Afinal, nossos credores são eles mesmos, os bancos federais e o governo federal, então, se o PT se coloca contra o pagamento da dívida, ele está dizendo que nós devemos dar o cano no próprio governo federal do PT. Então, me parece um momento de lucidez importante do PT e a prefeita Marília Campos e o deputado Reginaldo Lopes, são políticos de coerência em suas falas e estão defendendo que nós devemos enfrentar a questão do plano de recuperação fiscal e aprová-lo. Agora, eles sabem que nós vamos continuar crescendo ao longo do tempo”, afirmou Simões.
O vice-governador afirmou que a adesão ao RRF vai dar um tempo maior para que o estado equilibre suas finanças e volte a conseguir crescer mais do que os juros da dívida.
“Eu tenho a expectativa de que a gente vai continuar crescendo na indústria e no agronegócio. Com esses dois motores, nossa arrecadação vai conseguir evoluir mais do que nossa dívida tem evoluído. Para isso nosso desafio é conseguir crescer mais de 4% ao ano, que é o que o governo federal cobra de juros por ano. A conta é muito simples: tenho um débito e ele é corrigido pela inflação mais 4%. Se eu cresço menos do que 4%, aquele débito todo ano fica mais representativo dentro do meu orçamento. Então, tem coerência a fala do deputado e da prefeita, continuando atraindo investimentos, com uma indústria e agronegócio continuando a crescer, vamos ir colocando a casa em ordem”, explicou Simões.