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Senado analisa projeto que proíbe a venda e o uso de fogos de artifício sonoro

A matéria, que está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), pode ser votada de forma terminativa, ou seja, sem a necessidade de passar pelo plenário

Senado analisa projeto que pode proibir a fabricação, a venda e o uso de fogos de artifício sonora no país

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado pode definir nesta quarta-feira (18) o relator do projeto de lei que proíbe a fabricação, a venda e o uso de fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos que produzam barulho. Pela proposta, quem descumprir a lei poderá ser condenado a até quatro anos de reclusão, além de multa de até R$ 50 mil. A matéria foi aprovada no início deste mês pela Comissão de Educação do Senado. A CCJ poderá aprovar o texto de forma definitiva sem a necessidade de análise do plenário. A próxima reunião da CCJ do Senado irá ocorrer nesta quarta-feira (18), às 10h.

Pela proposta, as empresas que fabricarem, importarem, transportarem ou armazenarem os artefatos poderão ser multadas em até 20% do seu faturamento bruto. A iniciativa foi do líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), que alegou que a poluição sonora produzida por artefatos pirotécnicos ultrapassa o limite recomendado para a audição humana. Na proposta, o senador destacou que os ruídos causam danos mais sérios a crianças, idosos, pessoas com deficiência e pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), além de afetarem negativamente os animais.

Pelo relatório, do senador Paulo Paim (PT-RS), aprovado na Comissão de Educação, as empresas serão proibidas de exportarem artefatos sonoros. O texto também prevê a destruição dos fogos de artifício ilegais que venham a ser apreendidos. Caso a CCJ aprove o projeto, ele poderá ser remetido diretamente à Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para a votação em Plenário, com assinaturas de pelo menos nove senadores.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.