O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o
Em entrevista no Aeroporto de Confins, onde desembarcou no final da manhã desta sexta, dando início a uma agenda em Belo Horizonte neste fim semana, Bolsonaro lamentou o crime e aproveitou para fazer acusações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu morei ali do lado, do condomínio onde morei por muito tempo. O Rio de Janeiro, assim como no Brasil todo, a criminalidade tem crescido. Porque o atual governo tem uma proximidade muito grande com a bandidagem. Por ocasião das eleições, o único local que ele (Lula) foi aplaudido foi nos presídios. Ele frequentava locais perigosos no Rio completamente desprotegidos”, disse Bolsonaro.
Na mesma entrevista, o ex-presidente também ironizou o ministro da Justiça, Flávio Dino, e afirmou que os homicídios dos médicos poderão trazer outras implicações para o Rio de Janeiro.
“O atual ministro da Justiça também. É um homem de muita coragem, pelo tamanho que ele tem, pelo volume corporal que ele tem, de entrar em regiões conflagradas pelo tráfico sem qualquer proteção do estado. Isso comprova a proximidade da esquerda no Brasil com o que há de errado no nosso país. Isso é muito ruim. Com toda certeza tem reflexo negativo para o turismo. Lamentamos o passamento dos três médicos, que se salve o quarto. Perdemos e muito com essas ações, a bandidagem sabe que eles dificilmente serão alcançados”, completou o ex-presidente.
O crime
O ataque aconteceu na madrugada da última quinta-feira (5), na Praia da Barra da Tijuca, em frente ao Hotel Windsor, onde as vítimas estavam hospedadas e onde acontece, esta semana, um congresso internacional de ortopedia.
Quatro médicos ortopedistas de São Paulo, que vieram ao Rio para o congresso, estavam sentados num quiosque quando homens armados e de roupa preta saíram de um carro atirando contra as vítimas. Três morreram na ação, entre eles Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). O médico Daniel Proença, de 32 anos, foi o único sobrevivente.
Daniel, que estava internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, foi transferido para o Hospital Samaritano, também na Barra, com estado de saúde estável.