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Marinho sobre imposto sindical obrigatório: ‘Não volta mais’

O ministro do Trabalho e Previdência, Luiz Marinho, garantiu que o governo não discute a volta do imposto sindical obrigatório, mas deixou em aberto a possibilidade de implementar um imposto negociado com os trabalhadores

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participa nesta quarta-feira

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, descartou a possibilidade de retorno do imposto sindical obrigatório, que foi extinto em 2017, na Reforma Trabalhista. Durante participação em audiência na Câmara dos Deputados, Luiz Marinho afirmou que o governo federal está discutindo a possibilidade de implementar uma contribuição, que deverá ser negociada com os trabalhadores. “Imposto sindical acabou, não volta mais. Esquece. Neste momento, as centrais sindicais sequer reivindicam imposto obrigatório”, garantiu o ministro.

Luiz Marinho participa, nesta quarta-feira (4), de audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre a proposta do governo de retomar o imposto sindical obrigatório. “O que está em debate é a possibilidade de uma contribuição negociável, portanto, remetendo ao processo de negociação dos sindicatos. Só pode implementar se a assembleia deliberar e aprovar. Portanto, Não é uma coisa obrigatória”, destacou o ministro.

A convocação do ministro foi solicitada por quatro deputados de oposição ao governo, incluindo Nikolas Ferreira (PL-MG), que destacou, no requerimento, que o imposto obrigatório, que descontava em folha um dia de trabalho ao ano, foi extinto em 2017.

A proposta, que ainda é discutida internamente pelo governo, prevê que a quantia exata da contribuição sindical deverá ser definida em assembleia, com a necessidade de aprovação por maioria dos trabalhadores. O teto seria de 1% do rendimento anual do trabalhador.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.