Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comparou as prisões ocorridas nos dias 8 e 9 de janeiro após as invasões aos Três Poderes, em Brasília, ao encarceramento da população judia em câmaras de gás durante sessão desta terça-feira (26) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos. “As prisões das milhares de pessoas nos dias 8 e 9 foram feitas nos moldes nazistas”, afirmou durante os dez minutos que a mesa abriu para que ele perguntasse ao general Heleno, que depõe na sessão do dia.
Citando o Museu do Holocausto, em Israel, Flávio Bolsonaro listou supostas similaridades entre o holocausto e as prisões dos que participaram dos ataques do 8 de Janeiro. “A gente via lá [no Museu do Holocausto] as histórias das pessoas que, com medo, querendo fugir, eram direcionadas ordenadamente, em fila, para as estações de trem, de forma pacífica, com a falsa promessa de que iam fugir do regime nazista”, disse. “Enquanto estavam nas estações de trem eram ligadas as câmaras de gás e as pessoas morriam, aos milhares. Muito parecido com o que aconteceu aqui nos dias 8 e 9 de janeiro. O destino foi o presídio”, concluiu.
O parlamentar criticou diretamente o Poder Judiciário e afirmou que a democracia no Brasil é ‘estuprada’. “O que a gente vê acontecendo hoje no Brasil é o estupro da democracia, sob a alegação de estarem protegendo a democracia. É como aquele pedófilo que diz que vai tomar conta da criança”, disse Flávio. Sobre a Justiça, Bolsonaro afirmou que os tribunais são parciais e agem a partir de ‘vingança pessoal’. “Enquanto o Judiciário usar dois pesos e duas medidas, julgando a capa do processo ou usando vingança pessoal como se tivesse poder de decidir em nome do povo, a democracia, que nunca foi atacada por Bolsonaro, não voltará à normalidade”, disparou.
Presos condenados à prisão. Nesta terça-feira (26) pela madrugada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),